Proposta de Adrilles Jorge (União Brasil) também prevê a chancela a denominações religiosas de qualquer credo que atendam critérios em tecnologia assistida e integração voluntária
O vereador Adrilles Jorge (União Brasil) protocolou na Câmara Municipal de São Paulo um projeto de lei que cria o selo “Igreja Acessível a Todos”. O título será concedido às instituições religiosas de qualquer credo que atendam critérios como acessibilidade, tecnologia assistida, programas de integração voluntária e inclusão cultural e linguística. Segundo o parlamentar, o texto 346/2025 incentiva as denominações não apenas quanto à promoção social, mas, também, no suporte que elas oferecem aos fiéis com necessidades especiais, de ordem física ou emocional.
De acordo com Adrilles, o selo será concedido a igrejas que promovam práticas inclusivas, garantindo o acesso e a permanência de todos os frequentadores, sem distinção, com direito a acolhimento e segurança. Para garantir a chancela “Acessível a Todos”, as instituições religiosas, independentemente do credo, deverão comprovar acessibilidade para pessoas com deficiência, ter durante as atividades intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras), disponibilizar materiais em braile ou audiobooks, e deter sala com voluntariado para cuidados com crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o atendimento a quem esteja em situação de vulnerabilidade social.
Segundo a proposta do vereador do União Brasil, o selo também está condicionado às igrejas que garantirem suporte psicológico aos fiéis, por meio de programas de apoio pastoral e aconselhamento a quem enfrenta dificuldades emocionais ou sociais, como vítimas de abuso sexual, pessoas que estão em luto, ou que estejam enfrentando problemas com alcoolismo e/ou drogas.
No entendimento de Adrilles, uma igreja inclusiva pode se tornar modelo para a sociedade, uma vez que demonstra respeito à diversidade religiosa, defende a justiça social e valoriza a integração, motivando os frequentadores a agirem, também, de forma mais altruísta no cotidiano:
“Ao praticar a inclusão social, a igreja combate preconceitos e a discriminação, ao passo em que promove uma cultura de paz e de respeito mútuo. A diversidade dentro dos cultos enriquece a experiência de fé, pois cada pessoa traz uma história, além de sua perspectiva e seu entendimento da vida e de Deus. A convivência com diferentes experiências pode ajudar os membros a crescerem espiritualmente, promovendo empatia, solidariedade e aprendizado mútuo”.
Prestes a ser apreciada pelas Comissões Permanentes da Câmara Municipal de São Paulo, a matéria 346/2025 também concede o selo a igrejas que combatam a discriminação.
Aplicação
Ficará a cargo da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência a concessão do selo “Igreja Acessível a Todos”, bem como a fiscalização e o cumprimento de prazos para a certificação:
“Uma igreja inclusiva pode atender às necessidades da comunidade, ajudando pessoas que enfrentam barreiras sociais, econômicas, psicológicas e físicas”, conclui Adrilles.