Organizado pelo deputado estadual Rafa Zimbaldi (Cidadania-SP), encontro aberto ao público terá início às 18h30, no Auditório “Teotônio Vilela”; parlamentar é autor de Projeto de Lei que garante a pacientes de fibromialgia os mesmos direitos de pessoas com deficiência
A capital paulista será palco, nesta segunda-feira (11/8), de importante diálogo sobre os impactos da fibromialgia na qualidade de vida dos pacientes. Organizado pelo deputado estadual Rafa Zimbaldi (Cidadania-SP), o seminário “Fibromialgia como Deficiência em SP” vai reunir especialistas, representantes da sociedade civil e autoridades. A intenção do encontro é reforçar a necessidade de se implementar políticas públicas no estado de São Paulo nesta seara. O evento ocorre a partir das 18h30, no Auditório “Teotônio Vilela” da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) - (avenida Pedro Álvares Cabral, 201 - Ibirapuera).
Aberto ao público, o seminário vai abarcar palestras sobre os aspectos clínicos, mentais e institucionais da fibromialgia - caracterizada por dores musculoesqueléticas generalizadas, associadas a sintomas como fadiga extrema, distúrbios do sono, alterações de memória e na concentração, além de sintomas depressivos e ansiedade.
Entre os palestrantes convidados por Rafa está o médico neurologista e especialista em Dor, pelo Hospital das Clínicas de São Paulo, Bruno Hojo Rebouças; o professor de Medicina e anestesiologista Carlos Marcelo de Barros, especialista em Dor e Cuidados Paliativos, pela Universidade Federal de Alfenas (Unifal); Maurício Leite, cirurgião ortopedista de mão e de punho e membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT); o farmacêutico bioquímico Jorge Pinezzi; a psicanalista Renata Cobra; e a procuradora Telma de Freitas Fontes, da Procuradoria Geral do Estado (PGE) de São Paulo.
O parlamentar do Cidadania-SP é autor do Projeto de Lei (PL) 1.573/2023, que reconhece a fibromialgia como deficiência, garantindo a todos os pacientes em solo bandeirante os mesmos direitos de pessoas com deficiência (PCD), como inclusão; e acesso à educação, à saúde, ao trabalho, ao transporte, ao lazer e à previdência social - só para citar alguns benefícios.
O texto foi aprovado na Alesp em junho do ano passado, mas vetado pelo governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), um mês depois - fato lamentável, segundo Rafa. Para o deputado autor da matéria, faltou sensibilidade por parte do Estado face ao assunto:
“Agora, vamos reunir especialistas, representantes da sociedade civil e autoridades para tratar sobre o tema (fibromialgia). Acredito que o seminário terá o poder de evidenciar as urgências que pacientes com a síndrome enfrentam diariamente em nosso estado. Tal doença ainda é pouco compreendida pela sociedade e até mesmo por setores do poder público. Quem tem fibromialgia sente dores insuportáveis, o que requer tratamento contínuo e políticas públicas que garantam qualidade de vida ”, complementa o parlamentar.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que entre 2% e 4% da população tenha fibromialgia, sendo a maioria mulheres, entre 30 e 60 anos. Embora ainda sem cura, o diagnóstico precoce e o tratamento multidisciplinar são fundamentais para o alívio dos sintomas e melhora funcional.
Os interessados em participar do seminário “Fibromialgia como Deficiência em SP” podem confirmar presença pelo link https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSecxCZjqbJA2XO7vj99sBeV7FbVg9d1STxK1eUOdHbOH_HJqQ/viewform?usp=header.