Faltando cerca de um ano para as próximas eleições municipais em Mauá, o cenário político da cidade não poderia estar mais dinâmico e imprevisível. O jogo político, muitas vezes comparado a uma partida de xadrez devido às estratégias envolvidas, está em pleno andamento, e as peças no tabuleiro estão em constante movimento.
Um dos principais eventos recentes que agitaram a política local foi a filiação do Sargento Simões ao PL, partido que tem Jair Bolsonaro como sua liderança nacional. Essa mudança também teve um efeito dominó, resultando na aproximação do ex-prefeito de Ribeirão Pires, o professor Clovis Volpi, ao grupo inicialmente liderado pelo ex-prefeiturável Juiz João, que ocupou a terceira colocação na eleição de 2020.
Para entender a relevância dessas movimentações, é crucial analisar as eleições de 2016 e 2020. Em ambos os casos, os candidatos que ficaram em terceiro lugar conseguiram uma expressiva quantidade de votos. Em 2016, Clovis Volpi perdeu para o ex-prefeito Donisete Braga por uma diferença de apenas 4.893 votos, o que representou menos de 3% dos votos totais. Já em 2020, com a presença do Juiz João, a diferença foi ainda menor, com apenas 655 votos separando o terceiro colocado do primeiro lugar, o que equivale a apenas 0,34% dos votos.
A dinâmica entre 2016 e 2020 também é notável. Em 2016, Atila Jacomussi foi para o segundo turno em primeiro lugar, deixando o então detentor do poder em segundo. Em 2020, Atila foi novamente para o segundo turno, mas desta vez perdeu para o prefeito Marcelo Oliveira. Essa alternância no poder demonstra a volatilidade do cenário político em Mauá.
Uma pesquisa recente do Diário do Grande ABC apontou o deputado estadual Atila Jacomussi como líder na disputa pela prefeitura, mas as mudanças ocorridas nos últimos dias têm mobilizado a classe política local em busca de uma alternativa que possa romper com a polarização tradicional.
Nesse contexto, a mudança de partido do Sargento Simões, deixando uma aliança entre Clovis Volpi, Juiz João e Lourencini, visa consolidar uma outra força capaz competir com o petismo na cidade. Paralelamente, figuras políticas influentes, como Cleber Broch, Betinho Dragoes e Chiquinho do Zaira, também estão ativamente envolvidas no intrincado tabuleiro político mauaense, acrescentando mais camadas de complexidade a esse jogo de xadrez político.
Dois fatores cruciais que merecem atenção em qualquer análise política são a composição da Câmara Municipal no próximo ano e a influência de atores externos que podem tentar influenciar o cenário local.
Resta-nos agora aguardar e observar quem dará o xeque mate neste tabuleiro político em constante movimento. Mauá promete continuar sendo palco de um jogo estratégico e imprevisível nos próximos meses, à medida que nos aproximamos das eleições municipais. Os eleitores e os observadores políticos têm pela frente um período de intensas especulações, negociações e reviravoltas que moldarão o futuro político da cidade. Portanto, é fundamental manter-se informado e atento a cada movimento, pois cada jogada estratégica poderá redefinir o curso da política mauaense. Em meio a essa efervescência política, o desejo de renovação e progresso da cidade se mantém como o fio condutor das aspirações dos cidadãos. Cabe a eles, nas urnas, decidir qual será o próximo capítulo desta intrigante saga política.
GERSON MOURA - COLUNISTA POLÍTICO
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