Rio Grande da Serra, município localizado na Região Metropolitana de São Paulo, está se tornando referência nacional em inovação social. A cidade acaba de lançar um projeto que alia criatividade, funcionalidade e solidariedade: a transformação de cobertores doados em casacos práticos e resistentes para pessoas em situação de rua.
A ação é liderada pela primeira-dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade, Letícia Monteiro Fonseca Auriani, que colocou sua experiência no universo da moda e seu olhar sensível às questões sociais a serviço de quem mais precisa. A iniciativa integra o Profavi – Programa de Valorização da Vida, e nasceu a partir de uma constatação nas ruas: muitos moradores em situação de vulnerabilidade acabam abandonando os cobertores por dificuldade de transporte e falta de praticidade.
“Queríamos criar algo que fosse mais do que um agasalho. O casaco pode ser usado em qualquer momento, sem estigmas, é funcional, confortável e pensado para garantir proteção e dignidade”, explica Letícia.
As peças, confeccionadas com o apoio de costureiras parceiras e voluntárias, contam com capuz, bolsos e fechamento frontal, garantindo isolamento térmico e facilitando o uso no dia a dia. Mais do que proteger contra o frio, a proposta busca promover acolhimento e respeito, funcionando também como um elo entre quem recebe e a rede de apoio social do município, como a Casa Acolhida.
“Não é apenas uma peça de roupa. É um gesto que simboliza cuidado e transformação. Cada casaco entregue é também um convite para que essas pessoas sejam assistidas e incluídas em nossas políticas públicas”, ressalta a primeira-dama.
Inspirada por iniciativas semelhantes em outras regiões do Brasil, Letícia acredita que o projeto tem potencial para se expandir e inspirar outros municípios. “Quando vi que outras pessoas também criaram soluções parecidas, percebi que o bem se conecta. Quero que essa ideia se espalhe e que mais pessoas possam ser acolhidas com dignidade”, afirma.
O projeto reforça o compromisso da gestão municipal com políticas de assistência social, inclusão e valorização da vida, especialmente em períodos de baixas temperaturas, e demonstra como criatividade e empatia podem transformar a realidade de quem vive à margem.