Criado em 2022 pela equipe da EMEI Inês dos Ramos, no Bairro Nova Gerty, em São Caetano do Sul, para estimular o contato com os livros em crianças que ainda não atingiram a etapa pedagógica da leitura, o podcast ‘Histórias INÊSquecíveis’ ganhou uma vertente para estimular os 84 alunos da unidade no mundo da leitura: roda de conversa.
Toda semana os estudantes se reúnem para discutir um assunto de interesse, seja do cotidiano, do que eles aprendem nas escolas ou de algum livro. A professora, então, estimula uma conversação entre os pequenos, para que cada um possa trazer suas visões e emoções a respeito do tema.
“O podcast ‘Histórias INÊSquecíveis’ surgiu como desdobramento de outro projeto aqui da escola, o Biblioteca Circulante, no qual os alunos levavam um livro para casa aos fins de semana e interagiam com os pais sobre aquela história. Como a gente sempre trabalha muito o interesse das crianças, temos percebido que o podcast hoje está mais independente, com a própria cara. Essa novidade da quarta temporada (a roda de conversa) mostra isso”, disse Bianca Mattos Teixeira, coordenadora pedagógica da EMEI Inês dos Ramos.
Dois assuntos atraíram o interesse dos alunos do G4 B: o livro Bruxa, Bruxa: Venha à Minha Festa, do escritor norte-americano Arden Druce, e os bichos encontrados no parquinho da escola. “São a febre do momento”, atestou a professora Gessika Taiany Feitosa dos Santos. “A gente fala dos livros, mas também de projetos que a escola tem. Eles viram bichinhos no parquinho e ficaram doidos com a borboleta. Então, falamos sobre a borboleta no podcast. Eles adoraram.”
Cada episódio é gravado em um celular de uma das professoras. Depois de uma breve edição, feita de forma caseira e intimista, o conteúdo é publicado no perfil da escola no Spotify - é possível ir no campo de busca e digitar ‘Histórias INÊSquecíveis’ ou clicar no link https://open.spotify.com/show/19N4Knjh6bywpaNPGmJdD9. Já são mais de 80 episódios com os mais variados assuntos.
“Na educação infantil, o nosso objetivo não é sair com crianças alfabetizadas, mas fazer com que elas tenham contato com ambiente letrado, que saibam a função da escrita. Aqui temos crianças que não leem ainda. Nosso olhar, então, está na capacidade de proporcionar espaços e experiências para que a leitura seja inserida no cotidiano delas e que os pais vejam que as crianças podem contar histórias antes mesmo de aprender a ler”, comentou Bianca.